Jean Piaget é um epistemólogo suíço que se tornou conhecido como “psicólogo” por cause da teoria do desenvolvimento infantil que lhe rendeu fama. Einstein elogiou-o afirmando que ele era um “gênio”, o que ele, de fato, era. A sua obra é tão vasta que é difícil fazer um resumo de suas contribuições científicas. A obra que Piaget deixou é tão vasta que mesmo não sendo um comunicólogo, ele concebeu fundações sólidas a respeito do estatuto cientifico da disciplina. Piaget detranscendentalisou a filosofia kantiana pelo organismo, ou seja, ele demonstrou que o a priori kantiano poderia ser considerado como as possibilidades genéticas do cérebro, sem esquecer que este se desenvolve ao longo do tempo e que aquilo que nos é “dado” é, na verdade, “construído”. Ele é o pai da epistemologia construtivista ocidental apesar do fato de, após a publicação de seus trabalhos, inúmeros cientistas emprestarem o termo que ele formulou sem fazer referências infringindo os seus direitos de autoria e, muito pior, alterando o seu sentido com adaptações que o transformaram em formulaçoes empiristas e fenomenológicas. A obra monumental de Piaget oferece contribuições inestimáveis aos comunicólogos porque ele revela o desenvolvimento do pensamento moral e, implícitamente, sugere que as “trocas de valores”, ou seja, a comunicação, é da ordem da ética.
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